(IN)CERTEZAS BEM INTENCIONADAS, EMBRULHADAS CONCEITUALMENTE EM PRINCÍPIOS SEMANTICAMENTE ABERTOS A TUDO
Será que se valer de uma miríade de significações, dará significação à justiça? Concretude de salão(?). Como se diz: "para inglês ver!". Lá fora (desse ambiente refrigerado), a justiça, parece-nos, há muito, encontra-se subjugada (?), ao menos, na significação mais comezinha do homem (médio), apunhalada pela adaga certeira. Como Cesar, por Brutus, por conta dos princípios que se pensava dar azo à tudo que vem do alto (às vezes não é bom olhar para alto, principalmente com os sagazes pássaros predares, dotados de intestino).
O que dizer, por exemplo, do Princípio do Estado de Emergência (Permanente).
A pureza conceitual de
Kelsen (1998, passim) diz muito aqui.
Quando se diz do Direito como “[...] um conjunto de regras que possui o tipo de
unidade que entendemos por sistema” (KELSEN, 1998, p. 5).
Muitas opções,
sistematicamente desorganizadas, costuradas numa teia de significados
principiológicos mil. Como supor operabilidade de um sistema normativo com tal
índice de incerteza? Somente existe a certeza de muita confusão (SUNDFELD,
2014, p. 212).
Mas, há mais perfídia,
que se pode conceber, numa confusão semântica desastrada e cheia de boas intenções (?). Lembra Kafka, com a história do campesino velho na porta aberta singular da
justiça, que se fecha, após o murmúrio do perpétuo guardião, que vai-se embora,
pela morte daquele que queria entrar e nunca entrou na porta que era sua (2002,
pp. 188/189).
Lembrando do paradoxo de se querer mensurar a justiça (lei), estando sob ela mesma...Pobre de quem sente na pele, ainda valendo-se de Kafka, a sentença costurada em suas costas, sem poder entender o sentido disso tudo, por não poder ler o que se escreveu contra si.
Lembrando do paradoxo de se querer mensurar a justiça (lei), estando sob ela mesma...Pobre de quem sente na pele, ainda valendo-se de Kafka, a sentença costurada em suas costas, sem poder entender o sentido disso tudo, por não poder ler o que se escreveu contra si.
Note que a “falta de
consenso e de apoio político para textos reais exatos com certeza tem algo a
ver com isso” (SUNDFELD, 2014, p. 213). Com o que mesmo? A falha do Direito em
dizer o que é porque é, como se prestava a significar a deusa da justiça,
Themis, nos primórdios das Ciências Sociais Aplicadas, mais conhecida na época como Filosofia Grega (Pré-Socrática).
O resto é silêncio, pela falta de melhor dizer!
O resto é silêncio, pela falta de melhor dizer!
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