A passagem do tempo, em tempos que se vão.
Quem quer saber de algo que não
seja recorrente? Algo que não seja audiovisual? Algo que não seja
reconfortante? Quem ousa ter a dimensão (ir)real do mundo? Quem quer ter acesso
às emoções inusitadas de uma vida incomum?Quem quer saber o quanto dói ter que
ter a noção do abstrato sério e mordaz da intimidade real das coisas? Assim:
A passagem do tempo, em tempos
que se vão.
Antes tudo era acessível a nós que não
tínhamos muito o que nos bastar.
Agora, nada mais que não seja bastante em nós
mesmos, nos extravasa.
Tempo de se viver, tempo de se
ocupar de viver.
Tempo que vai conosco aonde
estivermos. Que se apresenta a nós, em todos os momentos que tomamos
consciência de sua infinitude, perante o que nos é externo.
Portanto, diante dessa incógnita que é o tempo
e tudo o que ele representa, aí de nós, em nossa vida, que é finita.
Tenhamos claro que as premissas empíricas
de uma vida bem vivida, sempre estiveram por aqui, em nosso inconsciente
compartilhado, de individuais emoções íntimas.
Tudo é belo, ao se olhar com
prisma certo. Ao se ter, em mira, que tudo passa; mas só o que é verdadeiro,
porque belo, remanesce em nossa essência imaterial, quando tudo mais se esvai
na ruína, que segue a passagem do tempo, em tempos que se vão.
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