VIVER DESESPERADAMENTE (E AMAR COMO EM SPINOZA)







Melhor é viver a vida desesperadamente.
Cada ponto de vista é uma vista de um ponto presente.
Mas, há uma circunspecção em torno de certos pontos da vida. A vida em si já mostra o seu ponto final na morte.
Se se retirar tudo o que nos faz falta, o que sobra? Se o amor é desejo e o desejo é a falta?
É possível morrer de desamor, quando se tem a consciência da falta de si mesmo?
O que resta em si, de si mesmo? E se algo resta em si, importa?
Se o desejo é movido pelo que nos falta, a falta importa com o que nos resta?
Sofrimento pode ser definido na acepção imagética daquilo que nos falta, e por isso o desejo.
Que logo satisfeito, ao se materializar o que se pensa ser perfeito, desvanece, e tudo volta. Novamente, o sofrimento. E, pior, o tédio.
Se se esperar o que não se tem é a experiência da infelicidade, ao tê-lo ou não tê-lo, melhor é ser feliz agora desesperadamente.
A esperança é a armadilha que prende, fazendo da busca da felicidade, a infelicidade presente.
Se o pêndulo oscila entre a decepção e o tédio, melhor é ficar com o agora.
Aí, o ponto de vista coerente, porque é experimentado aqui, nesse momento vivente.
Porque é existente. Que seja: melhor é viver a vida real, desesperadamente. 
E o amor? o amor existe realmente. Potencia da alma, porque amar vem antes de todo o resto. Amar é rir com a alma, a alegria presente de estar (se) amando.






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