SOBRE A NECESSIDADE DE SE (RE)PENSAR O ÓBVIO...








Do ponto de vista ético-político, devo admitir ser bastante intolerante com as reivindicações inflacionárias dos direitos que caracterizam o debate público atual. Vestir cada minúsculo interesse de direito é o equivalente a imunizá-lo de críticas e do ônus de fornecer justificativas para sua existência. A linguagem dos direitos tem um lado imperialista. Como observava Jeremy Bentham, as pessoas tendem a invocar um direito quando desejam vencer sem ter que argumentar. Já que hoje em dia os direitos são universalmente considerados uma coisa bonita e boa, quem ousaria questionar? Além disso, infelizmente vezes demais se esquece que o direito de alguém é o dever de outro. O lado desagradável da moeda é que, criando novos direitos, criam-se novas obrigações e, assim, se limitam os direitos e a esfera de liberdade (Anna Pintore, PESOS E MEDIDAS - "Os direitos nem sempre são uma coisa boa e ampliá-los nem sempre é uma boa ideia". Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2016-jul-10/entrevista-anna-pintore-professora-universidade-cagliari>. Acesso em 11.02.2016).






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