(NÃO) PRECISA LER!
Se a imagem vale mais
que mil palavras, para que nós devemos começar a ler ou nós deveríamos
continuar a escrever?
Ao que tudo indica,
portanto, a significação semântica da imagem é superior a do texto escrito. As
palavras são menores que as imagens, no frigir dos ovos!
A dimensão visual ganha
um sentido tão profundo que a significação textual não mais é necessária.
Assim, as civilizações
que desenvolveram a escrita, extrapolando as imagens representativas dos seres,
pela significação simbólica do mundo, estão erradas, pelo senso comum do
progresso natural da humanidade. Fica a pergunta: a decadência social/individual
em si, é perceptível, sem se valer de um termo de comparação? Assim, se todos nós,
em certa medida, e com ênfase considerável, estamos em queda livre, a percepção
dessa queda, somente poderá ocorrer quando dermos com a cara no chão. Mas aí já
é tarde demais...
O bom mesmo resume-se a
olhar as figurinhas, em vez de ler os significados delas no texto escrito. Mesmo
que seja um texto singelo. Quem fala de Wittgenstein... Resistir é tudo!
Então, não há maior
sentido nas coisas que a imagem que as representa, ou a imagem que de si emana?
A beleza em si basta no deleite visual tão somente? Apresentando-se somente
visualmente, por meio de imagens. O texto (legenda) perde-se em importância
quanto contraposto à imagem que tenta explicar?
Para que ler-se, então?
Basta apontar as gravuras representativas do fenômeno?
Então é isso? Não pode
ser, se o conceito de algo é dinâmico. Ou seja, abarcando seu circulo de
latência, como uma percepção de tudo que ele pode fazer, seus elementos
essenciais e acidentais. Então uma representação ilustrativa desse ente não se
mostra suficiente para expressar toda a sua totalidade. Um filme, talvez,
pudesse ter uma maior representatividade do ente em si. No entanto, ainda não
tão completamente quanto a sua descrição escrita, engendrada metodicamente e estilisticamente.
A definição, como expressão escrita (e posteriormente verbal) do círculo de
latência (Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Eh30JjJLdKI).
Então, a figura de uma
pessoa é um reducionismo ou um engodo, quando engendrada ao fim de enganar,
pois não expressa a pessoa em sua totalidade; ou enfatiza um aspecto acidental,
valendo-se de um apelo contextual. Menos até mesmo que uma definição, que já é
a compressão do conceito dessa pessoa.
Ao se viver num mundo praticamente
visual, onde as aparências criadas propositalmente pelas imagens cobrem a realidade
(eideticamente abstraída), é preciso estar-se de sobreaviso sobre aquilo que estamos
a observar. A expessão visual, elaborada a partir de um propósito ou
despropósito, gera um padrão de dissonância cognitiva, que por sua vez, leva à imbecilização.
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