A DIMENSÃO (IR)REAL DO VIRTUAL
Sobre Pierre Lévy
aprende-se que a diferença entre o possível e o real é puramente lógica.
O virtual não se opõe
ao real. O virtual, como se quer apontar, trata-se do virtual como dinâmica, de
troca de identidade.
A percepção diversa das
entidades, a partir da percepção do virtual como dinâmica de sentidos.
Já pela compreensão do
pensamento de Hegel, pondera-se sobre a noção do que seja idealismo. De modo a
se saber que o idealismo é explicar o mundo, ou seja, as coisas, a partir das
ideias, de onde, pode-se alcançar a perfeição.
A ponte entre Pierre
Lévy e Hegel, se é que existe, mostra-se na noção de que a virtualização não se
trata de um mundo imaginário. Ao revés, é dinâmico e implica naquilo que todos
nós compartilhamos com a realidade.
Melhor compreendendo
Hegel. A realização empírica de uma entidade é impossível. Sob os pressupostos
do idealismo, a entidade em questão somente é perfeita nas ideias.
A adequação do mundo
que temos ao mundo que pensamos é, em verdade, a salvação do mundo. O mundo
empírico deve se adequar às ideias. Se os fatos não se adequam as ideias, os
fatos estão errados, sob essa premissa. Já que o real são as ideias e não os
fatos (a empiria).
Nesse pormenor, entre
empirismo e ideias, o virtual, na acepção de Pierre Lévy expulsa as pessoas de
suas identidades, o sensível da virtualização é a idealização do que era real a
quem percebia, de alguma forma, a sua realidade imanente.
O ponto nevrálgico,
portanto, é em se tentar buscar (alguma) significação para a realidade do virtual,
e não a realidade virtual, em sua dimensão (im)própria.
Slavoj Zizek já disse
algo a esse respeito (...).
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