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SOBRE SER E(RES)/X/ISTIR (A PARTIR DO QUE MESMO?)

“Todos precisamos de alguma coisa para nos distrair da complexidade da realidade. Ninguém quer saber de onde tudo isso saiu. Ninguém quer saber da luta que é necessária para poder se tornar homem, para sair do mar de dores do qual todos temos que sair”.

(...)
“Quando se anda pelo corredor ou se está na sala, quantos de vocês já sentiram o peso, fazendo pressão para baixo em vocês? Eu já”.


1 – SOLIDÃO COMO (DES)TEMOR DE SI E DO MUNDO. Profundamente nos afeta. Essa sensação de desemparo, que ao olhar(mos) para si e para o mundo, (nos) (des)constrói em bases cada vez mais sutis. Como é doloroso ter a consciência do que é (era) certo, cair por terra, a cada nova (des)ilusão. (Não) há outra via (?), além do silêncio. Imperativo de (se ter de) guardar os segredos, pelo maior tempo possível, ao ponto de nos tornarmos uma bomba relógio prestes a explodir. Nesse caso, a solidão é imperativo de cautela. Ao revés, a solidão, pela sua ausência de presença do outro (e de si) é depressiva (e nos enfraquece), colocando-se em um torpor (necessário), que nos priva dos sentimentos (importantes), sobretudo a compaixão (por si mesmo)
2 – INCOERÊNCIA DO MUNDO. (In)sano este mundo de hoje? Abraçar uma pessoa pode (nos) colocar como agente agressor suspeito de um crime (possivelmente) grave; no entanto, matar a sangue frio um animal é algo que se mostra aceitável (e atípico) em um mundo de consumidores de carne não humana.
3 – DECIFRA-ME OU VOCÊ (SE) DEVORA. Que mundo é esse onde os pais (PROFESSORES) estão mais (des)preparados que os filhos (ALUNOS)? Que (não) sabem decifrá-los, que (não) sabem orientá-los para o melhor caminho?
4 – COMO (NÃO) MUDAR? Que mundo é esse, onde as pessoas que querem fazer algo para muda-lo parecem perder a esperança, ao ponto de escolherem tirar suas próprias vidas de tão exaustos que estão delas mesmas (em razão desse imperativo de assim viver) ?
5- O QUE FAZER QUANDO SE PERDE A ESPERANÇA. O que resta quando se perde a esperança? Ser feliz? A(os) professores(as) (não) resta mais nada, a não ser operarem verdadeiros (?) milagres em sala de aula.
6 – IMPERATIVO CATEGÓRICO DE (NÂO) TER QUE CRESCER. O roteiro realista (como a vida), sem ser (tão) cansativo ou (não mais) pessimista que a (ir)realidade de nossa ambiência (alunos e professores, todos juntos, em cores fortes, e em preto e branco; com algumas sombras entre eles).
7- SE VOCÊ (NÃO) SE LEMBRA DE SUA VIDA, A (SUA) VIDA MERECE SER LEMBRADA? PONDERAÇÃO ARTÍSTICO-VISCERAL A RESPEITO: (IN)SENSIBILIDADE. Como olhar um cadáver que (te) ri, de volta, a partir do caixão em que se deita.
8 – CRÍTICA À GERAÇÃO Y E OS FILHOS DA GERAÇÃO X (...). O fardo da filiação e o problema do comportamento (in)contido dos estudantes. A (falta) de referência ética de como se comportar com (in)decência. A presença (ausente) de adultos nas salas de aula.
9- O (DES)APEGO À ATITUDE REFLEXIVA. (Como) viver em uma sociedade (a)crítica da presença do mal? A banalização da violência (simbólica) nos espaços públicos e privados. Sobrevivendo ao caos escondendo-se na ignorância (cômoda) dos sorriem sempre.





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